sábado, mayo 31, 2008

VEJA Entrevista: Yon Goicoechea (estudiante venezolano)


VEJA Entrevista: Yon Goicoechea


Um jovem herói

O líder estudantil diz que a Venezuela precisa de menos
ideologia e mais pragmatismo para voltar a ser uma democracia

Camila Pereira
Germán Roig

"O debate ideológico tira o foco da questão central: neste momento, quem se opõe a Chávez está lutando pela liberdade"

Apesar da pouca idade – apenas 23 anos –, o estudante de direito Yon Goicoechea é hoje um dos principais líderes de oposição ao governo do presidente Hugo Chávez na Venezuela. Sua atuação à frente do movimento estudantil foi considerada pelos observadores decisiva para a derrota de Chávez no referendo que lhe teria conferido mais poder e limitado ainda mais a liberdade dos venezuelanos.

Por sua luta em prol da democracia, Goicoechea recebeu, no mês passado, um prêmio de 500.000 dólares do Instituto Americano Cato, sediado em Washington. Ameaçado de seqüestro e até de morte pelos chavistas, ele passou a tomar algumas medidas de segurança em seu dia-a-dia. Não sai mais à rua sozinho e troca o número do celular a cada quinze dias, para evitar ser grampeado. Ainda assim, vive com medo de ser vítima de um ato violento por parte do governo. Na entrevista que concedeu a VEJA, Goicoechea se revela uma voz destoante no movimento estudantil: critica o fato de tais movimentos receberem dinheiro do governo, tal qual no Brasil, e é contra invasões de reitoria como forma de protesto.

Veja – Você acaba de ganhar um prêmio nos Estados Unidos por lutar pela liberdade em seu país. Qual foi a reação do governo?

Goicoechea –O Ministério da Comunicação usou a televisão estatal para difundir a tese de que, ao conceder o prêmio a um opositor do regime, os Estados Unidos estariam fazendo uma nova tentativa de desestabilizar os governos na América Latina. Uma baboseira ideológica que choca, antes de tudo, pelo anacronismo.

Veja – Qual é sua opinião sobre esse antiamericanismo?

Goicoechea – É inaceitável o fato de a filosofia antiamericanista ainda ter espaço num momento em que os países estão cada vez mais próximos uns dos outros. Enquanto eles se abrem e claramente se beneficiam disso, a Venezuela está isolada do mundo. Também não dá para entender de onde vem tanto ódio contra um modelo que, afinal, deu certo. Fiz palestras em Harvard e Georgetown, ambas nos Estados Unidos, e vi de perto como funcionam algumas das melhores universidades do mundo. Devemos é aprender com os americanos, em vez de repudiá-los. Repare que há muito pouco de objetivo nas críticas feitas por Chávez aos Estados Unidos – são pura retórica. Adoraria ver os venezuelanos vivendo tão bem quanto os americanos.

Veja – Você costuma ser criticado por outros estudantes ao defender tais idéias?

Goicoechea –Sim, o tempo todo. Essas críticas vêm de uma minoria de estudantes que ainda apóia Chávez. Estão motivados, basicamente, por um discurso ideológico de esquerda. Segundo esses estudantes, eu seria um típico representante da direita. Com uma discussão tão ultrapassada, eles deixam de prestar atenção na questão central: quem se opõe ao governo Chávez está lutando pela possibilidade de qualquer venezuelano defender o que bem entenda e acreditar nisso sem que seja punido, como é comum hoje. Para superar um cenário tão atrasado, é preciso pragmatismo – e a insistência no debate ideológico só atrapalha.

Veja – Líderes estudantis brasileiros, sobretudo aqueles ligadas à União Nacional dos Estudantes (UNE), já declararam apoio incondicional ao presidente Hugo Chávez. Eles também estão sendo mais ideológicos do que pragmáticos?

Goicoechea –Sem dúvida. Acho indefensável que haja no movimento estudantil brasileiro líderes que saiam em defesa das práticas autoritárias do governo venezuelano. Prefiro acreditar que eles fizeram isso por um profundo desconhecimento das reformas propostas por Chávez. Se estivessem mais bem informados, esses estudantes brasileiros não teriam tomado uma posição que vai de encontro à diversidade de opiniões e às liberdades individuais. Como ser a favor de reformas que tirariam das pessoas direitos tão básicos, como o de escolher seus governantes e até o de optar pela profissão que desejam seguir? Não faz nenhum sentido que estudantes tenham simpatia por tais idéias.

Veja – Você chegou a receber alguma manifestação de apoio de movimentos estudantis brasileiros?

Goicoechea –Nenhuma. Mas teria sido de grande ajuda. A pressão internacional contra Chávez pode exercer um papel fundamental para que a Venezuela se torne, de novo, uma democracia. Infelizmente, alguns líderes estudantis na América Latina, assim como o meio acadêmico de modo geral, estão paralisados pelo discurso ideológico. Perdem tempo discutindo Karl Marx e idéias superadas ao longo dos séculos, quando poderiam estar lutando por questões mais práticas e relevantes. Esse debate velho não faz mais sentido em nenhum lugar do mundo – muito menos na Venezuela, onde falta um artigo de primeira necessidade: a liberdade de expressão.

Veja – No Brasil, os estudantes costumam invadir reitorias como forma de protesto. Você concorda?

Goicoechea –Não. Numa democracia como a brasileira, há instituições suficientemente sólidas para resolver os impasses, e é preciso recorrer a elas. A ordem e o respeito à lei não são princípios apenas desejáveis, mas absolutamente necessários nas sociedades modernas. Até mesmo num governo autoritário como o da Venezuela, em que as instituições são menos transparentes e inoperantes, acho que manifestações tão extremas a ponto de ser ilegais devem funcionar apenas como último recurso.

Veja – Que tipo de represália você sofreu por parte do governo quando começou a liderar movimentos antichavistas?

Goicoechea –Foram tantas que perdi a conta. Recebi telefonemas em casa com ameaças de seqüestro e até de morte. Isso se estendeu à minha família. Também já apanhei no meio da rua. No ano passado, durante uma assembléia para discutir as reformas propostas por Chávez, alguns estudantes que apoiavam o governo me agrediram. O que era para ser um debate como qualquer outro se tornou uma demonstração de intolerância. Acabei no hospital com um olho roxo e o nariz machucado. Em outra ocasião, colocaram um explosivo no palco em que eu discursava. Eles fazem isso para me assustar, e às vezes conseguem. Não dá para não ter medo de morrer numa situação como a atual. Meus familiares vivem apavorados com a idéia de que algo pior possa acontecer comigo. Por mais de uma vez, minha mãe via televisão quando foi surpreendida com cenas em que eu era alvo de agressões em plena luz do dia.

Veja – Em geral, quem são os agressores?

Goicoechea –Pessoas ligadas a alguns dos grupos radicais de apoio a Chávez. Eles praticam a violação dos direitos humanos na Venezuela sem nenhuma espécie de pudor. Minha situação piora com a propaganda negativa que o governo faz contra mim em jornais, rádios e na televisão. Já me chamaram de tudo: de fascista, inimigo da pátria, colaborador da ultradireita e até de títere do império americano. Em meu país, sou tratado pelo governo como um péssimo exemplo.

Veja – Como você se protege?

Goicoechea –Jamais fico sozinho em lugares públicos. Troco o número do meu celular a cada quinze dias e não tenho mais telefone fixo, para evitar ser grampeado. Em momentos mais tensos, como nas semanas que antecederam a votação do referendo de Chávez, deixei de dormir em casa. A cada noite, pedia asilo a um amigo diferente. Viver assim não é exatamente bom, mas sei que não exagero ao tomar medidas em prol da minha segurança.

Veja – Você pensa em deixar a Venezuela e morar em outro país?

Goicoechea –Não. Depois da II Guerra, meu avô fugiu do caos em que estava a Espanha para tentar uma vida melhor na Venezuela. Com o passar dos anos, a Espanha se tornou próspera e meu avô sofreu muito com o fato de não ter estado lá para ver essas mudanças e participar delas. Guardadas as devidas diferenças históricas, a Venezuela é hoje, também, uma espécie de terra arrasada. Posso soar idealista, mas não quero jamais sentir a mesma frustração de meu avô, ainda que toda essa repressão me atinja tão diretamente.

Veja – O governo interfere nas universidades da Venezuela?

Goicoechea –Ele tenta o tempo todo. Algumas universidades já são diretamente controladas pelo governo. Nelas, todos os reitores e diretores são pró-Chávez e chegaram lá por indicação política. É o caso da Universidade Bolivariana, uma invenção do próprio Chávez, e da Unefa, comandada pelas Forças Armadas. Essas instituições sofrem pressão do governo. Alunos e professores têm medo de emitir opiniões que possam ser mal interpretadas pelas autoridades e resultem em expulsões, demissões e outras represálias. Fazer oposição a Chávez numa dessas universidades é algo impensável. Felizmente, elas ainda são a minoria na Venezuela. Mas o número pode aumentar.

Veja – Por que você diz isso?

Goicoechea – O governo lançou recentemente uma proposta inacreditável. Chávez quer que o processo de seleção nas universidades passe a ser comandado pelo Ministério da Educação. Na prática, isso significa que só os estudantes alinhados com o governo teriam acesso à educação superior. Não acredito que os chavistas consigam emplacar esse projeto. De todo modo, é assustador. O governo também tentou implantar uma cartilha própria nas escolas, mas fracassou.

Veja – Como era exatamente essa cartilha?

Goicoechea – Profundamente ideologizada e xenófoba. O objetivo declarado da cartilha era formar "o novo homem socialista", nas palavras do próprio Chávez. Ela incentivava as crianças a entoar canções a Simon Bolívar, o herói da independência nacional, e a odiar os colonizadores europeus. Também apagava alguns capítulos da história desfavoráveis a Hugo Chávez e alimentava a admiração aos movimentos que resultaram em ditaduras comunistas, como os da Coréia do Norte e de Cuba. Um absurdo atrás do outro. Mas essa Chávez não conseguiu levar adiante.

Veja – Você conhece muita gente que vive com medo do governo na Venezuela?

Goicoechea –Isso é muito comum. No serviço público, por exemplo, é preciso dar a toda hora manifestações explícitas de apoio ao governo para manter o emprego. Isso acontece de diversas maneiras. Conheço pessoas que já foram várias vezes forçadas a participar de atos públicos em favor de Chávez. Nessas ocasiões, elas sabem que, caso não compareçam, acabarão demitidas. Vão, portanto, porque precisam do trabalho. Essa é uma forma de coerção brutal. Quem recebe benefícios sociais do governo sofre algo parecido. O pré-requisito básico para ter acesso a qualquer um deles é o mesmo: apoiar incondicionalmente Hugo Chávez. Hoje, quem faz oposição ao governo na Venezuela paga um preço alto por isso.

Veja – De onde vem o dinheiro para manter o movimento estudantil que você comanda?

Goicoechea –Da contribuição mensal dos estudantes e de empresas do setor privado. Elas dão dinheiro por meio de uma fundação mantida pelo próprio movimento estudantil. Do governo, evidentemente, não vem nem um centavo. É claro que isso tem uma relação direta com o fato de o movimento ser de oposição a Chávez. Mas, mesmo que o governo quisesse nos ajudar financeiramente, eu seria absolutamente contra.

Veja – Por quê?

Goicoechea –Não acho apropriado para um movimento estudantil manter uma relação tão estreita com o governo. Por definição, uma organização dessa natureza precisa ser independente. Do contrário, dificilmente fará um trabalho sério. Às vezes, os estudantes precisam se colocar contra o governo, como acontece hoje na Venezuela. Com uma relação financeira estabelecida entre as duas partes, a isenção fica naturalmente comprometida.

Veja – No Brasil, uma parte do orçamento da UNE vem do governo...

Goicoechea –Para mim, está claro que esse é um modelo fadado ao fracasso. Se fosse estudante no Brasil, faria uma reflexão sobre isso.

Veja – Você está pessimista em relação à situação na Venezuela?

Goicoechea –É preciso fazer um esforço diário para renovar o otimismo. Enxergo, no entanto, alguns sinais positivos no horizonte. Estudantes que antes não se manifestavam têm me procurado dizendo que, diante de tanto obscurantismo, resolveram protestar ativamente. Isso fortalece o movimento. Outro dado bom diz respeito ao surgimento de lideranças no governo dispostas a respeitar as leis e a dialogar com a oposição. É, pelo menos, um começo.

Veja – O que você vai fazer com o prêmio de 500.000 dólares que acaba de receber?

Goicoechea –Investir numa escola em Caracas para capacitar líderes. A idéia é ajudar a formar uma juventude com a mentalidade mais aberta e, antes de tudo, voltada para temas minimamente relevantes. É o contrário do que se passa na Venezuela e em tantos outros países da América Latina – todos com uma forte inclinação para assuntos já sepultados pela própria história. Fico angustiado ao ver como questões tão ultrapassadas e ideológicas impedem as pessoas, ainda hoje, de aspirar a uma sociedade mais moderna.

viernes, mayo 30, 2008

La Magia en YOUTUBE...


Si les gusta ver Magia pueden activar el enlace de arriba....

Las elecciones primaria en USA


El Diario francés Le Monde ha colocado un resumen de las primarias de los republicanos y de los demócratas en un mapa con colores de los Estados Unidos de Norte América.

miércoles, mayo 28, 2008

BIG-THINK es un lugar para reflexionar...

Vamos a oír primero a la escritora somalí-alemana en el enlace de arriba:

She is the estranged daughter of the Somali scholar, politician, and revolutionary opposition leader Hirsi Magan Isse. She is a prominent critic of Islam, and her screenplay for Theo Van Gogh's movie Submission led to death threats. Since van Gogh's murder by a Muslim in 2004, she has lived in seclusion under the protection of Dutch authorities.





Dutch feminist and political writer Ayaan Hirsi Ali has a very different perspective. Ali is a vocal critic of Islam and a devout atheist whose writings condemn the subordination of women. Countless death threats force her to live under constant armed guard. Ali's most famous books include a collection of essays called The Caged Virgin: An Emancipation Proclamation for Women and Islam and Infidel an autobiography published in 2006. Ali believes that Islam is at war with the West, and believes that the U.S. must distinguish between who is an enemy and who is a friend. Before that, she says, we all must decide "what do you stand for?" and then decide whether we are willing to defend and die for freedom and humanity just like fanatics in Muslim countries are willing to die for their cause.

Ahora podemos oír lo que nos dice el filósofo Walzer:






  • MICHAEK WALZER


  • This week Big Think presents Michael Walzer, one of America's leading political philosophers. A professor emeritus at the Institute for Advanced Study in Princeton, New Jersey and editor of Dissent, a left-wing quarterly of politics and culture, Walzer is an expert on unjust wars and has written 27 books and has published over 300 articles, essays, and book reviews on a variety of international topics. Walzer says that it's true that when fundamentalists, zealots, and ultra-orthodox factions take over a country, they tend to repress the moderates and the liberals in their own camp. But we must remember, he cautions, that in those situations, the repressed, just like liberal and secular Afghans, become our allies. "Therefore it's a big mistake to try to describe it as a war of unified culture."

    lunes, mayo 26, 2008

    UNA EXPERIENCIA DE VIDA


    Una experiencia de vida

    Por Alfredo Ascanio

    Después de muchos años es muy agradable recordar la vida universitaria. En mi caso tengo recuerdos que van desde mi primera experiencia, en el año de 1952, en una universidad fuera de Venezuela hasta terminar mi Ph.D, en el año 2.000, en la ciudad de Caracas,
  • VENEZUELA


  • Todo comenzó cuando todavía era muy joven. Apenas tenía 19 años, pero con un deseo inmenso de comenzar mi carrera académica.

    Esta carrera la iba a empezar en mi país y en la Universidad Central de Venezuela :
  • UCV
  • , pero por razones políticas, esa casa de estudio fue cerrada por el presidente General Marco Pérez Jiménez, por lo que tuve que seleccionar un lugar en América, para comenzar mis estudios universitarios. Esa decisión me llevó a la Escuela de Medicina de la Universidad de Chile en :
  • SANTIAGO
  • ; pero debo adelantarles que todos podemos equivocarnos al seleccionar una determinada carrera; y este fue mi caso. Quizá por el simple hecho de que me había graduado de bachiller en Ciencias Biológicas y que en mi familia, por tradición, mi abuelo materno y mis tíos eran médicos, y probablemente en mi hogar se tenía la esperanza de que alguien siguiese esa noble carrera: el seleccionado fui yo. No obstante, y después de dos años de hacer un gran esfuerzo en adecuarme al estudio de la anatomía del ser humano y de los principios fisiológicos de esa fabulosa maquinaria de vida, !me fue imposible continuar esos estudios, por un problema vocacional!

    Al regresar al país, en el año de 1954, había ya decidido comenzar de nuevo con los estudios, pero en otra carrera universitaria. Como sentía un gran atractivo por las ciencias sociales y humanidades, al principio pensé entrar en la escuela de Estudios Internacionales o sea: diplomacia; luego, me decidí finalmente por Psicología, pero apenas si pude durar un año en ese ambiente, porque todavía no encontraba mi verdadera vocación.

    Una amiga de mi madre, que tenía un cargo administrativo en la Universidad Central de Venezuela, me aconsejó estudiar Economía y Finanzas; y así lo hice. En esa profesión me sentía como “pez en el agua”. Al fin había encontrado la razón de mi existencia universitaria. Era el año de 1955 y debía terminar mis estudios de pre-grado en el año de 1959.

    El grado de Licenciado en Economía fue emocionante. La promoción Ernesto Peltzer, de 120 economistas, fue la más importante para la época. En ese contexto, fue el Presidente W. Larrazabal Ugueto quien nos entregó el diploma y nos impuso la medalla de grado.

    La vida universitaria en Chile fue todo un acontecimiento. Era la segunda presidencia del General Ibáñez del Campo; y el país no pasaba por su mejor momento económico, como lo tiene hoy en día; pero Santiago siempre fue un lugar muy agradable y acogedor.

    La vida universitaria era intensa, no sólo en relación a lo que cada quién estudiaba sino también en las reuniones que realizábamos en el Café San Pablo, donde se respiraba un ambiente bohemio con personajes que se interesaban por el arte ,la literatura y la poesía. Quizá fue en ese ambiente, donde empecé a interesarme más por los estudios orientados hacia las ciencias sociales. Ya a los 20 años de edad, comenzaba a escribir poesía, quizá influenciado por los poetas chilenos de la época: Pablo Neruda, Pablo de Rocka, C. Santamaría, Vicente Huidobro y otros y me recuerdo de mis primeras estrofas:

    Déjame aquí, en el cauce,
    debajo de tus ríos
    derretir mi retina,
    con la estrella del norte
    que ilumina tus islas

    La Rosa de los Vientos
    estiró sus agujas
    más allá de tu piso
    agrietado,
    me estuvo dibujando
    tu rota geografía,
    se cansó de llenarme
    los bolsillos de puertos

    La vida en las pensiones de estudiantes, como la primera que seleccioné llamada Mi Hogar, y ubicada en la Calle de Banderas, así como el alquiler de cuartos en casas familiares o el alquiler de apartamentos ubicados en Vicuña Mackenna, daban también un toque de juventud; al igual que los encuentros con amigos y con muchachas universitarias (las eternas pololas).

    En la pequeña población de Villa Alemana tuve mi primera novia chilena; una muchacha hermosa que había ganado el reinado en su colegio universitario. Las vacaciones de invierno había que realizarlas en Buenos Aires. Entonces viajé en el tren de cremallera chileno que llegaba hasta la frontera con Argentina; y de allí, en el tren argentino vía Mendoza, para llegar a la capital de Argentina, pero siempre acompañado de gauchos que invitaban ha cebar el mate y conversar sobre los asuntos del campo.

    Nuestro arribo a la ciudad de
  • BUENOS AIRES

  • coincidió con la muerte de EVITA PERON y
  • LOS FUNERALES
  • fueron espectaculares. Todavía en el centro de esa bella ciudad permanecían las propagandas políticas: “Perón cumple y Evita dignifica”. Era la época de la ideología del llamado Justicialismo, que había enloquecido a la gente más humilde del país (los llamados descamisados) y por eso apareció el dicho: EVA-FOR-EVER.

    En Argentina hacia frío. Por primera vez me había transportado en el servicio público del Metro. La Calle Florida era un hervidero de gente, visitando sus cafés, sus librerías y sus teatros. Como buen estudiante pedía en los restaurantes que me sirvieran un plato de la época llamado“el popular” (un servicio de carne, que aunque no era de primera, como todo buen plato argentino era abundante y bien elaborado).

    Retorno a
  • CARACAS
  • Era una ciudad en plena construcción. Tal era el número de obras que se realizaban que un amigo español al yo preguntarle: ¿cómo te parece esta ciudad? ; su respuesta fue: “cuando la terminen, me avisan”.

    La Ciudad Universitaria de Caracas (la UCV) era una obra arquitectónica de primera. Fue el Arquitecto Carlos Raúl Villanueva un verdadero artista que supo integrar en un ambiente plácido y tropical: la arquitectura y el arte, con obras maestras de escultores y pintores famosos.

    En la Escuela de Ciencias Económicas teníamos los mejores profesores especializados nacionales e internacionales. Recuerdo con mucho afecto a los docentes: Domingo Maza Zavala (Desarrollo Económico), Shelly Hernández (Estadísticas), la profesora Cenderos (Principios de Economía), Felix Miralles (Finanzas), entre otros. Los alumnos que mayor influencia tuvieron en mi futura carrera fueron: Ignacio Antivero y Vinicio Adames. El primero, por su inteligencia y preparación integral; el segundo, por su calidad humana y su pasión por la música coral.

    La vida como economista fue todo un éxito. En el Ministerio de Fomento tuve varios cargos importantes, incluso antes de graduarme de economista. En ese ambiente la burocracia era bien preparada y ejercía con respeto sus responsabilidades. El Director de Industrias, el doctor Manuel Delgado Rovatti, era muy eficiente y un verdadero ejecutivo; y el jefe del Dpto. de Industrias Alimenticias donde yo trabajaba, un economista formado en Chile de nombre Régulo Campos Martínez, un profesional muy respetado por sus iniciativas.

    Nuestro asesor internacional, un economista austriaco del Staff de Naciones Unidas, el Dr. Alfred Klein, quien realizó una labor pionera en Venezuela en el campo de la productividad industrial. Para todos nosotros fue un maestro inolvidable. Recuerdo a los compañeros de trabajo: Edilia Delgado Duarte, Iturriza Guillén y Elba Altuna. Algunos de nosotros pasamos a formar parte del equipo de profesionales del Instituto Venezolano de Productividad (INPRO), donde trabajamos con la economista Isolda Heredia de Salvatierra. Ya para el año de 1960, recibí mi primera beca de trabajo para viajar a la ciudad de México y reunirme allí con expertos en Productividad que trabajaban en el Banco de México, como por ejemplo: el Dr. Manuel Sánchez Sarto.

    México siempre ha sido y será una ciudad fascinante. Allí en el DF conocí a mi esposa JUDITH LARA y fue allí donde consolidé mi formación como un experto en la promoción de pequeñas y medianas empresas (que hoy se les denomina PYME). Años después nace nuestra primera hija: Marisela, la cual es hoy una Urbanista destacada y orientando a su hijo Gabriel de 24 años estudiante de la Universidad Andrés Bello.

    Esa experiencia profesional me llevó a servir como el primer consultor joven que tuvo el Banco Interamericano de Desarrollo (BID).Con apenas 26 años de edad, ya ejercía la responsabilidad de promover, para El Salvador (Centroamérica), una línea global de crédito de 4 millones de dólares para estudios de pre-inversión. Incluso, mi trabajo lo pude complementar de nuevo con la vida universitaria en ese país.

    Fui profesor de Finanzas de la Empresa en la Universidad de:
  • EL SALVADOR
  • ; y las clases que hacía gratuitamente sólo las podía realizar todos los sábados en la mañana. Creo que mis alumnos apreciaban mis Seminarios y con un gran interés colaboraban conmigo en los diagnóstico que realizábamos en pequeñas y medianas empresas, que luego serían objeto de créditos por parte del BID si el proyecto era factible. En esta ciudad centroamericana nace mi segundo hijo Fernando, hoy un Gerente de una importante empresa y con 4 hijos pequeños.

    El trabajo en El Salvador duró dos años, para luego viajar a la ciudad de:
  • WASHINGTON,D.C.

  • donde fui reclutado como un funcionario internacional permanente. El trabajo en el Banco fue todo un acontecimiento profesional. Trabajé muy de cerca con gente muy preparada y en un ambiente cálido y de elevada productividad. En la capital de USA nace otra de mis hijas: Marisol, hoy Arquitecto que se fue a vivir con su esposa y su pequeña hija al estado de Texas.

    El economista colombiano Leonel Torres fue nuestro jefe con el peruano Mauricio Herman. Dos personas excepcionales. Otros economistas compañeros fueron Cristovam Buarque, brasilero; Fernando Caldas, brasilero, Lauro de Paiva, brasilero; y otros amigos nicaragüenses, haitianos y bolivianos. El Presidente del Banco (BID) era el economista chileno Felipe Herrera, que se recuerda como uno de los funcionarios internacionales mejor preparados de América Latina en el :
  • IDB


  • Del BID pasé a la Organización de Estados Americanos (OEA), por insistencia de Joao Goncalvez de Souza, quién me ofreció ser el Director del Centro de Adiestramiento de Desarrollo Económico (CETREDE), ubicado en la ciudad de Fortaleza, Brasil, una bella capital de Estado ubicada al Nordeste del Brasil.

    En esa ciudad trabajé al lado de economistas de primera, tanto del Banco del Nordeste del Brasil como de SUDENE; recuerdo muy bien al economista Nilson Holanda, y a varios profesores de la Universidad de Ceará. Nuestro equipo de trabajó estuvo formado por: Guillermo Noffal (Nicarguanse), Salvador Archondo (Boliviano), José Chao (Cubano)) y la contraparte nordestina de la Universidad de Ceará.

    Después de 10 años: vuelta a la patria con mi esposa y mis tres hijos. Ahora en Caracas soy Vicepresidente de la Corporación Venezolana de Turismo, recién creada, en el año de 1970, por Diego Arria Salicetti su primer Presidente. Estuve en esa institución cinco años con el objetivo de consolidar la Gerencia Técnica, apoyado con profesionales de primera, como: Hernando Acevedo, Victor Manmbié, Antonieta Arcaya, José Alberto Núñez y Julio Rotondaro entre otros. De allí, me fuí a trabajar en una Compañía Multinacional Petrolera la SHELL, como Jefe de Evaluación Financiera, en el Campo Petrolero de Lagunillas (Edo. Zulia); y luego, de nuevo, volví a las experiencias internacionales en el BID y en el Organismo Mundial de Turismo (OMT), donde se me contrató como Consejero al Secretario General. La
  • OMT
  • se ubicaba, como se sabe, en la bella ciudad de Madrid.

    Al regresar a Caracas, mi ubicación fue en la :
  • UNIVERSIDAD SIMON BOLIVAR
  • ; allí tuve la oportunidad de volver a sentir la pasión por la docencia, como Jefe del Dpto. de Ciencias Económicas y Administrativas. Mi asignatura preferida fue : la evaluación de proyectos de inversión. Luego opté por hacer la Maestría en Ciencia Política; y finalmente, para culminar mi carrera académica opté por hacer el Ph.D en Ciencia Política, con especialidad en Sociología de la Comunicación Política y el Análisis de Contenido del discurso político.

    El año sabático lo realicé en la Universidad
  • DE LAS PALMAS DE GRAN CANARIA
  • como profesor invitado para la Maestría Internacional de Turismo y fue una nueva experiencia difícil de olvidar.

    Al volver a la Universidad Simón Bolívar, allí seguí divulgando mis criterios docentes en el periódico Papel de la Bolívar y en la revista electrónica denominada :UNIVERSALIA y también en :UNIVERSITAS, para luego formar parte de la red de redes universitaria:
  • UNIVERSIA


  • Después vino la jubilación y la incorporación al grupo de investigadores con las profesoras Dra. Elizabeth Valarino y la Arquitecto María Silvia Cemborain, todos en ::
  • INTERCONTACTO


  • Hoy, transcurrido los primeros meses del año 2.008, y después de ser un profesor jubilado, he vuelto a la pasión por la enseñanza. Ahora soy un docente en las Maestrías de Turismo de la Universidad del Zulia , la Universidad de Oriente y en la Universidad del Estado de México. Incluso, en la USB vamos a comenzar a impartir cursos on-line para tesistas e investigadores, una educación permanente de avanzada para este nuevo siglo XXI. Este proyecto lo estamos realizando en el enlace de:
  • TESIS-CENTER


  • Otro proyecto novedoso que promueve la USB es el Doctorado en Ciencias, de una gran relevancia, pues por primera vez se unirían profesores con doctorados en ciencias sociales (economía, sociología, ciencia política, psicología) y en ciencias naturales (física, química, matemáticas, estadística, biología, etología humana), con la idea de formar un Doctor Integral que pueda afrontar la investigación de punta en el campo de las ciencias exactas y las ciencias humanas, concebida esa investigación como un sistema. Esta iniciativa surgió de un profesor de elevado nivel académico:
    KLAUS JAFFE,quién en la actualidad lideriza el Centro de Estudios Estratégicos de la USB o sea: el EL CCE

    Corolario y sugerencias : no se desanime si se equivoca de carrera. Insista en buscar el área de conocimientos que más le agrada y que se vincule mejor con su forma de ser y su personalidad.

    Sea un estudiante interesado en las disciplinas que le tocará conocer y profundice en cada una de ella. Recuerde que su trabajo es estudiar primero y divertirse luego.

    Una vez que usted culmine sus estudios y pase a ser un profesional, trabaje con entusiasmo y elevada productividad. Sea un buen compañero de labores y ejerza con sus amigos y alumnos todos los valores éticos que exige su formación. Siempre tiene que dar el ejemplo; y recuerde lo que dijo una vez Simón Bolívar: “Dios concede la victoria a la constancia”. Y cuando le toque la responsabilidad de llevar adelante una tarea que Ud. considere urgente, repita lo que dijo una vez, Gabriel García Márquez en Un Profesional de Horóscopo,1950: "Pues le advierto que aquí no viene usted a dormir la siesta. Aquí se trabaja o se renuncia".

    El Diario La Jornada de México

    Arriba aparece el enlace del Diario La Jornada de México. Interesante sus noticias.

    Comunidad de investigadores de Intercontacto.com: E-Thesis: un lugar donde se pueden leer varios trabajos

    Comunidad de investigadores de Intercontacto.com: E-Thesis: un lugar donde se pueden leer varios trabajos

    En E-Thesis existe un resumen de la Tesis Doctoral de A. Ascanio (Askain) y se ubica en el mes de octubre del año 2.007 con el No. 12.

    PARIS de NOCHE. espectacular !!

    Si quieren conocer la ciudad LUZ, pero de noche hagan click en el enlace de arriba. Al ver la imagen de Paris saldrán unos cuadritos rojos y si hacen CLICK en ellos se agrandará la imagen. Muy interesante...